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Pan Americana Sur: desertos, montanhas e enigmas no Peru


Saímos da Bolivia cruzando a fronteira com o Chile a 4600m de altitudepassando pelo Parque Nocional Lauca com um linda vista para vulcões. Em 100km baixamos até ao nível do mar em uma estrada sinuosa, perigosa, mas bem bonita. Ficamos em Arica no Chile por 3 dias para recuperar o fôlego e depois seguimos para o Perú por Tacna. Essa região no Peru é desértica, dizem que é o deserto mais seco do mundo. Pelas estradas vemos um mundo de areia e montanhas, totalmente seco. E em alguns vales, onde passa um rio vindo das geleiras, há plantações e se formam as cidades. As estradas são boas, mas bem sinuosas num sobe e desce pelas montanhas e vales, algumas vezes margeando o Pacífico, numa paisagem linda e curvas perigosas pela Pan Americana.

Estrada Pan Americana, Peru

Nossa primeira parada foi Arequipa, também um vale fértil entre as montanhas e vulcões. A cidade é cercada por três vulcões, um ainda ativo. Está dormindo, mas que se acordar pode destruir 90% da cidade. Ainda bem que isso ainda não aconteceu e pudemos apreciar as belezas da região.

Arequipa, conhecida como a ciudad blanca, tem a mais bela Plaza de Armas do país, com igrejas e prédios construídos com uma rocha vulcânica típica. A Basílica Catedral foi construída em 1612 em estilo neo renascentista italiano. Foi destruída em um incêndio em 1844 e por dois terremotos, um em 1868 que derrubou uma das torrres, o outro em 2001 as duas torres foram derrubadas. No seu interior há um órgão belga, que é o segundo maior da America do sul e pode ser tocado por ate três pessoas juntas. Completando a paisagem da praça por trás da catedral é possível ver o vulcão El Misti.

Vulcão El Misti visto da Plaza de Armas e a Basílica Catedral, Arequipa, Perú.

Seguimos para Nasca, por uma das estradas mais bonitas da viagem até agora. Nasca é considerada capital astrológica do mundo e famosa pelas linhas de Nasca, linhas misteriosas feitas a milhares de anos pelas civilizações pré colombianas que viviam na região.

Os aquedutos da cidade revelam as avançadas técnicas de engenharia, matemática e agricultura desenvolvidas na época e que comprovam o domínio destas civilizações sobre a irrigação numa das áreas mais secas do planeta. As ventanas, abertura no solo, construídas de pedra e de forma espiral, serviam para oxigenar as passagens de água possibilitando sua limpeza. Ainda estão em funcionamento, são responsáveis pela irrigação da localidade, levando água de lagunas das montanhas de gelo aos campos das redondezas.

Aquedutos na cidade de Nasca, Perú.

A cultura Nasca (100aC a 1000dC) é uma das mais antigas civilizações do continente americano a dominar técnicas avançadas de mumificação. Em virtude do clima seco do deserto, os corpos permaneceram intocados, os quais podemos ver a céu aberto no cemitério de Chauchilla. Na cultura Nasca, eram enterradas peças valiosas e típicas e o local foi invadido por saqueadores no início do século.

As linhas são um conjunto de vários desenhos e formas geométricas criadas a partir da remoção das pedras escuras que cobriam o deserto, deixando em evidencia a superfície mais clara do solo. As teorias mais aceitas sobre as linhas são da pesquisadora Maria Reiche, que representam um calendário pré-incaico onde seria possível identificar datas importantes do calendário solar. Mas o mistério das linhas ainda é intrigante e torna o lugar mais interessantes.

Linhas de Nasca, mirante metálico, Nasca, Perú.

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