Medellin para a costa
- Mega Macaqueiros
- 22 de fev. de 2016
- 4 min de leitura
Medellin, além de uma cidade grande e turística, ficou ainda mais conhecida devido ao famoso narcotraficante Pablo Escobar. Tornou-se um dos homens mais ricos do mundo com o tráfico de drogas, vendendo cocaína principalmente para os EUA. Era o chefe do cartel de Medellin, cujo faturamento chegou a 30 bilhões de dólares por ano. Apesar de considerado um dos mais sangrentos criminosos do país, era adorado por grande parte da população da cidade. Construiu um bairro para os pobres, dava dinheiro, e com isso quis seguir uma carreira política. Seu patrimônio era enorme, com fazendas, zoologicos, portos e aviões. Hoje há um tour pela cidade para conhecer alguns desses lugares. Um fato interessante é que quando estávamos no Jalapão, nos disseram que algumas das mansões abandonadas na região, eram de propriedade de Pablo Escobar, e seria mesmo um lugar bem estratégico, centro geodésico da América e bem isolado.
Chegamos em Medellin e fomos pro Parque Lineal Ciudad Del Rio. Nos finais de semana é super tranquilo. Ficamos em frente ao Museu de Arte Moderna de Medellin, que tem segurança 24 horas e os guardas nos deixaram usar o banheiro do museu. Sábado muitas pessoas vão pra esse parque encontrar os amigos e aproveitam pra comer nos muitos food trucks que rodeiam o parque.
Domingo fomos visitar o centro histórico da cidade. É um ótimo dia para passear numa cidade grande pois há menos tráfego e menos problemas para estacionar. Começamos pela Praça Bolívar com uma igreja grande e linda chamada Catedral Metropolitana de Medellin. Chegamos no finalzinho da missa e conseguimos entrar na igreja que normalmente fica fechada e de quebra pudemos ouvir o órgão de tubos sendo tocado, acompanhado pela cantoria de um celebrante. Maravilhosamente lindo.

Catedral Metropolitana de Medellin
Seguimos por um calçadão em frente ao parque, cheio de lojas, pessoas e artistas na rua fazendo e vendendo de tudo. Chegamos na Praça Botero, muito famosa e visitada pelos turistas pois expõe diversas esculturas do mais famoso artista colombiano.
Decidimos ir pra um hostel, pra poder tomar um bom banho e também fazer uma carne numa cozinha de verdade.

Praça Botero, Medellin
Conhecemos a Érika, que mora numa cidade à 25 km de Medellin, um lugar chamado Pueblo Girardota. Um amigo de Ipatinga, que hoje mora nos EUA, nos apresentou pela internet. Combinamos de visitá-la e conhecê-la pessoalmente. Passeamos pela cidade na praça e na linda igreja onde provamos a avena, uma bebida que é servida fria, típica da Colômbia. Fomos pra sua casa e pudemos jantar juntos e conhecer toda sua família. A Érika e sua família nos tratou muito bem, mostrando como é a receptividade do povo colombiano. O jantar foi arroz, feijão, banana e linguiça frita, tudo que um brasileiro fora de casa deseja!!!

Na casa da Erika e da Jessika
Fomos encontrar ainda em Medellin, outra amiga colômbiana, Almoçamos com a Jackeline e depois fomos tomar um café num bairro alto de Medellin, onde podemos ver toda a cidade. De quebra, fomos convidados para dormir em sua casa com direito a banho, lanche, quarto privado e lava roupas, mas mais importante do que tudo isso é o bom papo, ela arranhando o português e nós o espanhol ... e tudo fluiu.

Jackeline em Medellin
Saímos de Medellin agora rumo à costa para finalmente conhecer as praias da Colômbia.
Passamos por Turbo, uma cidade da costa, somente para procurar por alguém que levasse o carro de forma mais barata, sem sucesso.
Então o jeito era ir pra Cartagena, onde sabemos que tem transporte de navio pra levar o carro pro Panamá.
Antes paramos na bonita Playa Blanca em Barú. A praia é realmente azul com suas areias brancas cheias de barraquinhas e também algumas pousadas bem rústicas feita de madeira. Os turístas geralmente chegam à essa praia de lancha vindos de Cartagena. As areias estão limpinhas os esperando. O que eles não veem e nós vemos é a montoeira de lixo podre e fedorento que se junta atrás das barracas e pousadas. O lugar é muito sujo, muito porco, mesmo! Fomos na praia claro, dormimos no estacionamento e tomamos banho de carote já que a água é escassa no lugar. Nos vendem água para tirar o sal ao mesmo preço que compramos água mineral pra beber.

Playa Blanca, Baru
Chegamos então em Cartagena, num calor como o de Ipatinga, e fomos recebidos por essa cidade de uma forma muito ruim. Deixamos o carro na rua, onde havia um cuidador, e entraram no carro e pegaram o GPS e a máquina fotográfica. Não estavam bem escondidos. Abriram a porta sei lá como, o alarme apitou, mas pegaram o mais fácil e foram embora. Chegamos no carro ele estava fazendo barulho do alarme mas já era tarde. Daí pra frente, é claro, não quizemos mais nem conhecer a cidade, que nem é tanta coisa mesmo, é só marketing. Não tem onde parar o carro, o trânsito é infernal, as ruas mal cabem um carro, flanelinha por todo lugar enchendo o saco etc, mas temos que resolver as coisas pra mandar o carro pro Panamá, então precisamos de ficar 4 dias na cidade e ainda voltar depois pra fazer os trâmites de envio.

Cidade Murada, Cartagena
Parte do problema resolvido, fomos pra Santa Marta, na verdade um povoado pertinho de lá chamado Taganga. Lugar Tranquilo, com uma praia que parece uma lagoa porque não tem onda, e é bonita, bem verde, muito bom. Ficamos num hostel descançando e esperando o dia de voltar pra Cartagena pra mandar o carro.
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