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Travessia Colômbia - Panamá


Trâmites na Colômbia

Desde o início da viagem, é nosso objetivo passar para a América Central, porém esbarramos num problema: não existe estrada ligando a Colômbia ao Panamá. Grande parte do nosso percurso está sendo pela Pan Americana, uma rodovia que liga o Ushuaia no Sul da Argentina até o Alaska no extremo norte, ou seja interliga, as América do Sul, Central a Norte, possuindo cerca 48000km. Entretando entre a Colômbia e o Panama essa rodovia é interrompida na região de Darien, um trecho de aproximadamente 160km. Local este que é mata fechada, pantanosa, e a fama do lugar é que é muito perigoso devido a presença das FARC. Questões ambientais, proteção da população indígena e também tentativa de dificultar o tráfico de drogas impedem a contrução dessa estrada. Algumas expedições tentaram cruzar esse trecho. Os primeiros veículos a cruzarem foram um Land Rover e um Jeep em 1960. Gastaram 136 dias com uma média de 201 m por hora.

Com tudo isso a única forma de atravessar com o carro da América do Sul para a Central é através de uma embarcação.

Em outros tempos houve um ferry que transportava carros e também passageiros entre os dois países. Esse ferry é europeu, e quando ele não opera na Europa, ele vinha pra cá fazer esse trajeto. Nessa data ele não estava aqui e também não tinha previsão de vir, pois estavam com dificuldade de obter licença pra funcionar, tanto da Colômbia quanto do Panamá.

Nos sobrou uma única opção que foi atravessar o carro em navio, por container.

É possível fazer os trâmites por conta própria, porém fomos à uma agência fazer um orçamento devido a dificuldade de se fazer todo o processo por conta, e o valor não é muito diferente.

A situação é a seguinte, num container é possível colocar 2 carros tipo caminhonete e 1 moto. Dessa forma é possível diluir os custos. Marcamos de encontrar na agência na quarta-feira dia 24 para assinar os papéis necessários para se iniciar o processo. Com as cópias da carteira de motorista, documento do carro e a autorização de entrada do carro na Colômbia se dá o início ao processo na agência.

Na quinta-feira (25), fomos os três (2 carros e 1 moto) para o porto às 8 horas da manhã para dar início às inspeções. Primeiramente é feita a saída do carro do país, depois se faz a inspeção do veiculo. Isso nos tomou quase o dia todo, fomos liberados por volta das 3 da tarde.

Na sexta-feira (26), foi a última parte que consiste na inspeção anti- narcóticos, colocação do carro no container e, que deve ser feita pelo proprietário.

No nosso caso especificamente, pelo fato do outro carro ser muito alto, 3,5 metros (um camper na carroceria de uma caminhonete), optamos pelo container aberto, ou seja, só tem o piso, não tem paredes nem teto. Esse container é o último a ser colocado na pilha durante o carregamento do navio, por isso não necessita ser fechado e facilita o transporte de cargas que não cabem no container.

Já nós passageiros, tivemos que ir de avião e retirar o carro lá. Existe outra opção de transporte de gente que é feito por pequenos barcos ou veleiros.

Trâmites no Panamá.

O navio que estava nosso carro saiu de Cartagena na sexta-feira com previsão de chegada em Colón no Panamá no domigo, mas só na quarta que pudemos retirar nosso carro, dia em que o navio foi descarregado.

Chegamos ao porto de Mazanillo, em Colón as 8h da manhã. Nosso conteiner ainda não estava liberado e não tinhamos o BL ( documentação necessária para os trâmites), assim ficamos esperando até por volta das 11h. Nesse tempo fomos fazer o seguro obrigatório. a maioria das agências só fazem por um ano, somente uma, indicação de amigos, na zona livre, que faz por um mês. Voltando ao porto, uma surpresa. Em todos os relatos que havíamos lido, tínhamos que entrar no porto, conferir os lacres no carro, e retirá-los, mas aqui disseram que era proibido nossa entrada e tínhamos que entregar as chaves para um funcionário trazer o carro para fora. Agora, qual o sentido então do carro estar lacrado, se não pudemos conferir? Enfim, entregamos as chaves ao funcionário, numa rua atras do porto. Com os papéis em mãos, o BL, fomos pegar uns carimbos, e fazer aduana. Ai começa a confusão. Parece que nunca tínham feito tal transporte, pois ninguém nos dava informações do que tínhamos que fazer. No porto tem várias janelas onde se carimbam. Sem saber direito o que fazer fui em uma por uma, perguntando. Algumas pessoas pareciam nunca ter visto aqueles papéis. Consegui uns três carimbos, chegando a aduana portuária a senhora disse que estava faltando um documento. Voltei a agência para pedir e eles falaram que não faltava e escreveu um bilhetinho. Na aduana portuária novamente, a senhora escreveu outro bilhetinho, ai virei um pombo correio. Outra etapa era ir à aduana para pedir autorização de circulação do veículo. Chegando lá nos pediram cópia de passaporte, documento do carro, seguro obrigatório e um carta a aduana. Sobre essa carta não sabia o que fazer, mas finalmente alguém solidário e a senhora da aduana nos ajudou e não cobrou nada por isso. Voltamos ao porto já as 15h, sendo que só poderia retirar o carro até as 15h30, ainda tínhamos que fazer o pagamento e tentar conseguir o carimbo da aduana portuária. Um senhor, acho que despachante, pegou meus papéis furou a fila, e em um segundo a senhora da aduana carimbou e tudo resolvido. E lá fomos nós buscar nosso carro que já estava no portão nos esperando... Despois de tanta confusão, um alívio e uma felicidade de estar novamente no Trambolhinho!!!



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