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Nicarágua: prefere praia, lagos ou vulcões?

  • Mega Macaqueiros
  • 5 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Nicarágua é o maior país da América central, mas menor que o estado do Amapá.. Tem cerca de 6 milhões de habitantes. Sofrida com ditaduras, guerras civis, governos corruptos, e golpes, nos pareceu o país mais pobre que visitamos, e ainda passamos por lá em uma época de seca, que agravou nossa impressão.

Também não demos muita sorte na programação. Tínhamos três principais lugares que queríamos conhecer, a Ilha Ometepe, o Vulcão Masaya e os Cânions de Somoto. A primeira é formada por dois vulcões e está no lago Nicarágua, o segundo maior da América Latina, entretanto no dia que chegamos ao lago estava com ventos muitos forte e o ferry para chegar a ilha não estava funcionando. O segundo é um vulcão que se podia chegar de carro até a cratera e ver a lava lá dentro, seria hiper legal, entretanto esse vulcão entrou em erupção no mês passado e o parque está fechado. Já o terceiro conseguimos ver e foi o lugar que mais gostamos do país. Aqui preferimos o cânion.

Chegamos na Nicarágua vindo da Costa Rica, por uma fronteira bem conturbada, desorganizada e com muitas taxas para pagar. Depois desse stress seguimos para a praia. Tem lugar melhor pra relaxar? Das várias praias escolhemos a Playa Madeira. É famosa no meio dos surfistas, mas mesmo pra nós que nunca pegamos numa prancha, gostamos muito da atmosfera do lugar, gente bonita, água boa, cabanas e ainda umas pedras que formam um lindo visual no entardecer.

Playa Madera

O país tem dois grandes lagos, e alguns outros, que pelo mapa parecia bem pequeno. Conhecemos o Lago Nicarágua, o maior deles, na cidade de São Jorge, onde criamos coragem e comemos um churrasquinho de rua. Êê saudade dos churrasco do Brasil... e depois o vimos mais uma vez na charmosa cidade histórica de Granada, onde acampamos na praia do lago. Granada foi a primeira cidade fundada na América Central, e tem seu centro histórico bem preservado, com uma praça e igreja bem bonitas. Foi centro de uma guerra civil juntamente com Léon disputando poder entre as famílias mais ricas do país. Assim a capital se tornou a pequena Manágua em 1850, um território neutro e no meio da caminho entre as duas cidades. Outro fato interessante é que o aventureiro americano, Willian Wlaker, depois de apoiar a família de Leon na guerra civil, descumpriu seu acordo, se declarou governador de Nicarágua e proclamou Granada como capital. Depois de vários conflitos mandou incendiar Granada e fugiu.

Praça principal em Granada

Outro lago que acampamos em frente foi o lago Apoyo. Depois de uma vista privilegiada do Mirante Catarina, descemos até o lago, de origem vulcânica, tomamos um bom banho, vimos a lua cheia refletir em suas águas e dormimos por ali mesmo. Passamos na capital Manágua pois tínhamos que procurar algumas coisas, entretanto era quinta feira véspera da semana santa e tudo estava fechado. Manágua foi destruída por um grande incêndio em 1931 e novamente em 1972 por um imenso terremoto que matou mais de 6 mil pessoas e deixou 300000 desabrigado .... Até hoje a igreja da praça principal só tem os destroços e muitas coisas na região central ainda não foram reconstruídas, o que dá um aspecto estranho para uma capital.

Vista da laguna Apoyo do mirante Catarina

Praça em Manágua com a Catedral ao fundo em ruínas

Seguimos para León, cidade histórica que já foi capital do país e cenário das lutas entre poder das duas famílias mais influentes. A cidade é toda com construções antigas, não só o centro ao redor da praça. No feriado estava tudo cheio, então procuramos um camping mais afastado para descansar. A dona é uma brasileira, foi bom falar português com ela e sua filha muito simpáticas. Fomos juntos à procissão da sexta feria da paixão. Muito interessante ver como religião católica tem força aqui e preserva sua cultura. Passamos pelos lindos tapetes de serragem, cada uma mais bonito e trabalhado que o outro. As ruas estavam cheias, e com muitas barraquinhas vendendo comidas típicas. Mas ao contrário de muitos lugares que não se come carne na quaresma e principalmente na sexta feira, o principal ingredientes de todos os pratos era carne e frango. Outra coisa que reparamos é que aqui não tem associação da páscoa com chocolates nem com coelhos.

Sexta-feira da paixão em León

Seguindo ao norte chegamos no Cânion Somoto, um dos lugares que mais queríamos conhecer no país, mas as expectativas foram superadas. O lugar é incrível! A trilha começa na beira do rio bem tranquila, até que certo ponto só tem pedras e o rio. Começamos escalando e depois só mesmo nadando por entre paredões imensos numa água verdinha. De alguns lugares dá pra pular de plataformas de uns 20 metros de altura. Pra ser sincera, me faltou coragem dessa vez. Assim nos despedimos desse país.

Cânion Somoto

Cânion Somoto

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