Guatemala: diversamente linda!!

Mega Macaqueiros
18 de abr. de 2016
3 min de leitura

Chegamos em Guatemala pela fronteira mais tranquila e organizada até agora da América Central. A Guatemala é o país mais populoso desse sub continente com cerca de 15,5 milhões de habitantes. Tem um relevo bem montanhoso, estradas bem curvas, e o ponto mais alto está a 4.220m. Chegando a capital a 1.600m o clima já estava bem ameno. Na entrada da cidade , um bombeiro nos viu no posto de gasolina e nos indicou que podíamos ficar no corpo de bombeiro e nós cara de pau, lógico que fomos e nos receberam muito bem! As capitais, em geral, são bem parecidas. Mas a Ciudad de Guatemala tem um charme a mais, que é o povo típico e que preserva a cultura maya, com suas roupas coloridas e lindos artesanatos.

Isso ficou ainda mais evidente em Antígua, a antiga capital da Guatemala, que já foi também capital da América Central. Ela perdeu seu posto devido a um terremoto que destruiu quase toda a cidade em 1776. Podemos ver traços disso nas muitas ruínas de antigas igrejas no meio da linda cidade colonial, com ruas de pedras cercada por vulcões e montanhas com plantações de café.

Um dos vulcões se chama água, está inativo, mas mesmo assim ainda causa algumas destruições devido a rompimento das paredes do topo, onde tem um lago, e assim há inundações que nos povoados próximos. Outro vulcão ainda ativo, é chamado Fuego, e do vulcão vizinho.... é possível ver a lava em sua cratera. Um passeio que queríamos muito fazer, mas devido ao nosso sedentarismo dos últimos meses e a falta de tempo, deixamos também para uma próxima.

Fachada restaurada da igreja na praça central, em Antígua

Arco de Santa Catalina, s casinhas coloniais e ao fundo o vulcão El agua. em Antígua

Seguimos para o Lago Atitlán, um lindo lago com vista para três vulcões. Lá haviam crianças vendendo artesanatos, um fato que vimos em toda a América Central. Dá um aperto ver os pequenos trabalhando o dia inteiro... Dividimos uma coca com eles, e ganhamos um tempinho para um papo. As meninas lindinhas com suas roupas típicas e entre elas só conversam em um dialeto maya.

Lago Atitlán

Do lago, por uma estrada de muitas curvas e trechos de terra, seguimos para Semuc Champey. Era somente 290km, mas a viagem durou 11 horas. Fizemos uma média de 26km/h somente, devido as condições da estrada. Ainda bem que o visual ajudou o tempo a passar mais rápido. E também foi mais que compensador visitar esse lugar, que entrou pra lista do que mais gostamos. Saímos de 1600 metros de altitude e descemos a 300 metros em aproximadamente 20 km, e nos últimos 9km, somente com marcha reduzida.

Um rio, de águas transparentes esverdeadas cercado de montanhas verdes dos dois lados. O lugar é de alguma forma um mistério, um rio entra em uma caverna e sai 300m depois, porém acima das cavernas se formam várias piscinas naturais abastecidas com pequeninos riachos que vêem das montanhas, onde se pode desfrutar da natureza nadando em vários poços diferentes onde uma piscina é mais linda que a outra. Foi um experiência incrível, uma paisagem maravilhosa de um lugar inédito para nós, pois nada do que vimos até agora é parecido com Semuc Champey. A natureza nos guarda muitas surpresas pois, depois de tanto andar, conseguimos ter um dia inesquecível em uma paisagem ainda não vista nesse mais de um ano de viagem.

Piscinas em Semuc Champey

A reserva que o abriga ainda possui algumas trilhas onde se pode chegar a uma mirador no alto de uma montanha onde se tem uma vista quase aérea de toda essa maravilha. Ao fim do dia ficamos no estacionamento do parque para passar a noite e a Alice compartilhou uma coca cola com as crianças que vendiam chocolate e além disso passou um tempo de conversas com esses niños. Um coisa bem interessante é que falando sobre músicas e do Brasil começaram a cantar, “ai se eu te pego", do Michel Telo e cantaram direitinho em português, dizendo: "Melissa, Melissa..."

Tudo isso fez do Lugar incrível e inesquecível pra nós. Nos fazendo esquecer da horrível estrada pra chegar até aqui.